Intestino: Entenda porque ele é considerado o segundo cérebro

Quase todas as pessoas já experimentaram a famosa sensação de “borboletas no estômago” ou “frio no estômago” diante de algum acontecimento importante que as fizeram sentirem-se nervosas ou ansiosas.

Intestino: Entenda porque ele é considerado o segundo cérebro

Quase todas as pessoas já experimentaram a famosa sensação de “borboletas no estômago” ou “frio no estômago” diante de algum acontecimento importante que as fizeram sentirem-se nervosas ou ansiosas. Essa é uma resposta natural do corpo que, nestas situações, geralmente recebe sinais de uma fonte inesperada: o sistema nervoso entérico (SNE) e o intestino, conjunto que há alguns anos vem sendo chamado também de segundo cérebro.

 

Pesquisas científicas vem revolucionando a compreensão da medicina acerca das conexões entre digestão, saúde, humor e até mesmo a forma de pensar das pessoas. O fato é que nas paredes do tubo digestivo está o Sistema Nervoso Entérico que, apesar de não ser capaz de tomar decisões ou compor músicas, comunica-se profundamente com o cérebro que se encontra dentro do crânio.

 

Embora a principal tarefa do sistema nervoso entérico seja digerir os alimentos, absorver nutrientes e eliminar resíduos, uma grande parte de nossas emoções provavelmente é influenciada pelos nervos do intestino. É o que afirmam estudos que estão surgindo de instituições como a Universidade de Medicina da Califórnia e o Johns Hopkins Center for Neurogastroenterology.

 

Esta correlação ocorre graças às duas camadas de mais de 100 milhões de células nervosas que estão embutidas ao longo do trato gastrointestinal, se estendendo por 9 metros, do esôfago até o reto. Além disso, o sistema nervoso entérico utiliza mais de 30 neurotransmissores em seu funcionamento, assim como o cérebro.

 

Nada menos que 95% da nossa serotonina (um dos neurotransmissores responsáveis pela regulação do humor), é encontrada no intestino. Portanto, definitivamente, o bem-estar emocional diário pode depender de mensagens do segundo cérebro para o primeiro.

 

As novas descobertas estão ajudando a explicar porque uma grande parte das pessoas com problemas intestinais funcionais desenvolvem depressão e ansiedade. E as evidências também apontam que ocorre comunicação na direção contrária: irritações nos intestinos podem ocasionar envios de sinais para o Sistema Nervoso Central (SNC), que então desencadeia mudanças de humor.

 

Este notável entendimento sobre o Sistema Nervoso Entérico nos leva a uma compreensão ainda maior sobre a importância de manter hábitos que auxiliem o bom funcionamento do sistema gastrointestinal. Além disso, os estudos podem representar novas possibilidades de tratamentos em saúde mental. Como os nossos dois cérebros “conversam” intensamente, podemos pensar que terapias que auxiliem a um, podem beneficiar o outro.

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